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18.7.07

Desastre da TAM

Em plena crise do setor aéreo acontece uma nova tragédia, de um lado mais uma legião de cidadãos que choram suas vítimas, seus queridos, suas mentes não conseguem pensar em mais nada, a não ser na dor... de outro, aqueles que buscam os responsáveis, como impedir que outro mal aconteça, porque a crise no setor aéreo acenava para a possibilidade de que o acidente da Gol não seria educativo e nem o seu clímax, não, a crise mostrava que outros viriam, como é da natureza das crises que se arrastam.

Incêndio no recém inaugurado Santos Dumont já parecia um alarme quando horas depois tivemos esse terrível desastre em Congonhas, reconhecidamente um perigosíssimo aeroporto – você errou? Não tem escapatória, vai parar fora da pista, no meio da cidade! Casos não faltam em Congonhas.

Quem autorizou Congonhas a funcionar em dias de chuva, antes das obras, a despeito dos riscos, por achar que isso traria má imagem e efeitos econômicos (dinheiro) negativos?

Quem autorizou Congonhas a funcionar sem que as obras tivessem sido terminadas e aprovadas?

Quem autorizou a existência de um aeroporto, no caso Congonhas, dentro da cidade?

Quem permitiu, por omissão ou conivência, que a cidade crescesse e cercasse Congonhas?

Quem consentiu na existência de construções na cabeceira da pista, principalmente do posto de gasolina?

Quem se beneficiou, política e financeiramente, da elevação dos riscos do aeroporto de Congonhas?

Como bem lembrou noutro dia um orkuteiro, a crise que hoje se agrava sobre o setor aéreo, que se arrasta há anos e explodiu no desastre da Gol, é uma crise que existe há anos no setor rodoviário, com ruas e estradas ruins de traçado e de conservação, utilizadas por maus motoristas e por empresas perversas, com policias rodoviárias corruptas, resultando em milhares de mortes e prejuízos materiais ao ano, dentro e fora das cidades. A crise nacional, da infra-estrutura (para não falar da saúde, segurança, meio ambiente e educação) que já havia matado as ferrovias e está sufocando a rodoviária e a hidroviária, chegou macabramente na aeroviária.

O país vai sendo inviabilizado por um exército de brasileiros malfeitores, negligentes e incompetentes, de todos os partidos, posições e tendências. Fica a impressão de que não precisamos importar terroristas.

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