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Atrás sempre de um ponto de equilibrio e do desenvolvimente responsavel

26.8.11

Espanhois apoiam Dilma

O movimento da Globo e demais midias do país, de "combate a corrupção e apoio a faxina de Dilma", vem recebendo espaço lá fora, por meio do jornal El País, que chegou mesmo a dizer que a midia brasileira age como paladina contra a corrupção.  El País é um jornal espanhol, do tipo do Globo, logo, envolvido até o talo com o grande capital daquele país - por favor, não estou fazendo discurso vermelho.

Manter Dilma no comando do "gigante" é crucial para o retorno dos investimentos estrangeiros no Brasil - a ordem a qualquer custo, ordem amiga do dinheiro dos grandes investidores, que resultam de qualquer modo em empregos e receitas, mas com custos sociais e ambientais, fora os politicos, incalculáveis também.

E o investimento espanhol?  Leia isto:

"Desde que em 1995 se produziu a explosão do processo privatizador brasileiro as grandes companhias espanholas começaram a tomar posições no país e como consequência disto, Espanha foi o primeiro investidor estrangeiro no Brasil em 1998, com 22% do volume total de investimentos e no ano 2000, com um montante de US$6 bi e quase 29% do total dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil. Com as incertezas das eleições de 2002 o volume de investimento espanhol no país se reduziu drásticamente. Nos anos 2003, 2004 e 2005 o IED espanhol no Brasil foi de US$ 710 mi, US$ 1,05 bi e US$ 1,22 bi respectivamente. En 2006, o IED espanhol no Brasil foi de US$ 1,5 bi, 6,8% do total, atrás somente dos Estados Unidos e dos Países Baixos. O estoque de IED acumulado da Espanha no Brasil é de US$ 35 bilhões, o segundo volume acumulado depois somente do Estados Unidos."

Fazem parte do rol de empresas várias com uma montanha de queixas de consumidores brasileiros, agora chamados a apoiar Dilma: a CEG (RJ) e a Telefonica (SP), fora outras, como a que gerencia hoje rodovias.


É importante então ligar a adesão e o elogio rasgado de El País, jornal similar ao O Globo, Estadão e Folha, ao movimento de combate a corrupção, a importancia do capital de grandes empresas espanholas no Brasil.




25.8.11

Um Segredo Bem Guardado

A prisão esta semana de Sarney pai e Sarney filha, mais outras 15 pessoas, numa localidade do interior do país revelou um grande segredo até então bem guardado.

Não foi a PF que fez as prisões, mas a guarda municipal desta localidade, por ordem de um juiz desconhecido, que estabeleceu fianças milionárias, ainda não pagas, para que os presos possam responder em liberdade, enquanto não se resolvem, permanecem presos em celas comuns, se bem que mais dignas que as do resto do país.

As autoridades da localidade, que tem como nome uma fria combinação de letras - "CB-01" - convocaram uma coletiva, diante das pressões dos vários orgãos de imprensa do país.  A localidade é um dos cinco mil e poucos municipios do país, mas possui uma realidade completamente diversa.

A beira de uma rodovia federal tipicamente interiorana, arruinada e não pavimentada, acessamos uma via pavimentada que fez chegar a um grande portal, parecido com estes de base militar.  Nos identificamos e tivemos de deixar o veiculo num estacionamento, sob a alegação de que em CB-01 só podem circular veiculos dirigidos pelos cidadãos da cidade, que possuem uma avaliação de habilitação diferente da do resto do Brasil.  Fazer o que...?

Tomamos um onibus que seguiu por uma avenida arborizada, vendo ao longe industrias cujos prédios e ambiente externo são caprichados em termos estéticos, nem de longe se assemelhando a uma zona industrial.  Entramos na cidade e uma coisa que nos impressionou de imediato foi o numero de jovens bem afeiçoados e uniformizados trabalhando na conservação de jardins, árvores, calçadas, pistas, no apoio ao transito, etc, não parecendo ser jovens de classes mais baixas, como nas nossas cidades.  Notamos também a forte presença de bicicletas, patins, além de coletivos eletricos, quase não se vendo veiculos de passeio.  Era uma terça-feira, horáro comercial, e durante todo o nosso trajeto não vimos camelôs, botequins, mendigos e jovens vadiando.  Havia uma limpeza visual no ambiente, as margens dos rios eram parques e vimos inclusive araras nas árvores.  Não vimos lixo nas ruas, mas, antes de entrarmos na cidade, vimos um imenso centro de reaproveitamento de residuos.

Fomos escoltados por guardas do municipio, que nos encaminharam diretamente ao centro de imprensa da administração.  Lá, o porta-voz repetiu o release distribuido e abriu tempo para perguntas.  A despeito da importancia do fato da prisão, perguntei a ele do porquê de um lugar como aquele permanecer ignorado.

- estamos construindo um novo país, temos aqui pessoas que querem construir um carro novo e melhor, em vez de ficar tentando consertar um velho.  Não nos preocupamos em aparecer ou ter espaço em vossa midia, temos a nossa e por meio dela provocamos reflexões e fortalecimento do caráter, e de nenhum modo deixamos de ter uma sociedade ordeira e um mercado forte.  Somos a oportunidade dos que querem fazer a sua vida, mas pensando grande, pensando socialmente.

- mas, e agora com a prisão dessa turma?

- estamos fazendo a nossa parte, se pudessemos, dariamos o nosso jeito, mas estamos dentro do Brasil, ainda não somos o Brasil, logo, temos de seguir certos procedimentos. 

- não temem represálias?

- sim, aliás, estamos sempre prontos para represálias do Brasil, porque sabemos que mexer contra a corrupção e a malandragem é mexer com os brios dos brasileiros.

- falas como se não fosses brasileiro.

- Sr., se conhecesse nossa realidade, nossos modos, concluiria que não somos de fato brasileiros, estamos aqui, mas somos um povo novo em formação.  Não perdemos nosso tempo tentando consertar o Brasil, estamos aqui consertando nossa vida e expandindo isso.

- agora voces ficarão conhecidos, como pretendem lidar com isso?

- vamos continuar nossa vida, somos um povo, digno do termo, não nos deixaremos ser perturbados por um bando, um amontoado.  Aqueles que quiserem se aproximar ou mesmo aderir, venham com a certeza de que aqui as leis são aplicadas e que temos nossos costumes.

- vejo que há bastante estrangeiros aqui...

- sim, temos pessoas de várias partes do mundo, mas, a maioria é de brasileiros e vizinhos, temos uma bela mistura de raças, o gosto pelo cultivo da saude fisica e mental e uma certa dose de maturidade para lidar com as apreensões do espirito.

- a praça central não tem igreja alguma.

- porque Deus está por todo lugar e em todos nós, lidar com isso é um de nossos segredos.

- os jovens são obrigados aos trabalhos forçados?

-  não se trata de trabalhos forçados, mas de serviço civil obrigatorio, o nosso sistema de ensino ensina para a vida.  Temos uma policia de costumes e uma policia criminal.  Nenhum cidadão incapaz fica na rua.  Não temos favela, porque ninguem entra aqui quando bem quer, porque ninguem aqui é deixado na indignidade. 

- e por que voces mexeram com esse vespeiro?

- porque ele deu o azar de pousar aqui, avisamos pelo rádio do aeroporto, mas, ele achou que estava no Brasil.




19.8.11

Todos Unidos na Hipocrisia

A imprensa vem batendo há semanas na corrupção e disseminando o sentimento de que não devemos continuar quietos diante dela.

A PF vem realizando operações diversas e o governo Dilma cuspindo de pronto os denunciados, aqueles que têm sua face suja exposta.  Primeira análise: a PF prende, mas e daí?  E depois?  A PF investiga e prende aleatoriamente ou ela está seguindo um roteiro?  Sim, porque as ações são todas concentradas fora do eixo Rio-SP e quando atuam nele é para pegar bandidos mais sujos e diretos, como os milicianos.

A imprensa bate, como no caso da Globo, incansável, nossa, a Globo é tão atuante, tão firma em favor da cidadania...

Será mesmo?  Eu não acredito nisto.  Chega de mais uma manipulação como na época do Collor.

A meu ver, a Globo está é preocupada, tem o rabo muito sujo, na minha opinião tão sujo quanto as empresas do mafioso da midia Murdoch, agora caçado com seus colaboradores na Inglaterra - cansaram-se dele?

Ao jogar no ar tantas denuncias e buscar aproximar-se da sociedade indignada, a Globo tenta esconder sua podridão e preparar seus amigos para defende-la na hora em que o bicho pegar, a Globo precisa estar livre e solta para ser a voz da sociedade, qualquer sujeira é menor que sua utilidade como veiculo de informação, compreenderam?

Daí tanta preocupação com liberdade de expressão - que ela não respeita - e com principio éticos da profissão - que ela não respeita também, aliás, principios éticos para nortear os jornalistas é ótimo, o chefe da redação e os donos do jornal (que mandam nos seus jornalistas e filtram as informações) não precisam de nenhum.

Então, onde a Globo ou outra midia (como a Band ou a Record) estiver eu estou fora.

Em 48 horas a Globo divulgou dois esforços de protesto contra a corrupção, um liderado pelo senador bravateiro Pedro Simon (muita conversa e pouca ação) e outro por pessoas supostamente sem partido ou ligação ideologica.

No primeiro caso, Simon conta com apoio da CNBB e CONIC (que estão devendo) e OAB (devendo mais ainda).  Basta perguntar se a OAB botou pra fora algum desembargador ou promotor pego em sujeira, é como o CREA ou a ABI.

No segundo caso, a ABI está apoiando o movimento,  nascido no Rio e que contava até a manhã desta sexta-feira com 1500 pessoas.  Oras, desde quando a Globo dá espaço nos seus meios para movimentos politicos informais com 1500 pessoas, todas internautas de Facebook?  A ABI um dia foi independente, morto Barbosa Lima Sobrinho (uma pedra no sapato de Roberto Marinho) a ABI passou a ser comandada por gente amiga.  Tá explicado.

Vou lhes dizer uma coisa: é facil pra caramba uma entidade vir a publico dizer que é contra os erros dos outros, quando não faz seu dever de casa e não corta na própria carne. 

A Globo vem numa pressão estranha, divulgando protestos na Inglaterra, França e até na India, ela está querendo inflamar a sociedade - ok, mas, não contra ela também tá?  Esse é o recado, a Globo sai do foco, é empresa legalzinha, está do nosso lado, vamos fingir que ela não está envolvida nisto tudo de podre, como a Abril, a Folha, o Estadão e as empresas de Edir Macedo.

Se algum movimento espontaneo surgir e tiver a midia como alvo, imediatamente será acusado de querer dar fim na liberdade de expressão.  Se algum movimento surgir e sequer der entrevista, será visto como suspeito e não terá espaço algum de divulgação - aprendam isso senhores - mas, será justamente esse movimento que merecerá toda a força.

Do contrário, preparem-se para mais um "Fora Collor" patrocinado pelas empresas, com direito a minissérie.


14.8.11

Subserviencia

Estive analisando esse programa da Globo News sobre a crise de lideranças mundiais.

Pra mim fica evidente que a parcela da elite intelectual com espaço na grande midia segue a mesma ideologia de nossos donos do poder, uma ideologia subserviente.  Fica evidente a preocupação com a crise de lideranças, que é ocidental, não é global, mas, para esses intelectuais, não havendo lideranças ocidentais, o mundo fica acéfalo, triste posição.  E o que dizer da China, ou mesmo da India e do Brasil? 

Como são servos dos impérios até então em vigor, a crise que hoje os abate é fonte de angustia, não de oportunidades para os países como o Brasil.  Tentam discutir soluções para reerguer esses impérios, em vez de discutirem como poderiamos estar ocupando espaços estratégicos na conjuntura global por causa do vácuo de poder.

É a mais clara demonstração de servilismo, de raciocinio servil.

http://g1.globo.com/videos/globo-news/globo-news-painel/v/convidados-falam-sobre-a-crise-de-lideranca-mundial/1596191/#/Todos%20os%20vídeos/page/1



Por Que Ninguem Reage


Essa tem sido uma pergunta cada vez mais feita, inclusive fora do país, a respeito do comportamento da sociedade frente os escândalos e estórias de corrupção e mau uso do poder oficial.  Há, de fato, passividade?  É o que parece pela ausência de grandes manifestações publicas, de rua, contra o exército de corruptos e outros malfeitores.

Vamos recuar no tempo até o fim do regime militar, envolto por uma falsa aura de honestidade e patriotismo.  O fim do regime se deu pela combinação de uma massa de escândalos de corrupção, antipatriotismo e abuso de poder, despejados via imprensa pelas forças de oposição, mais as mudanças no cenário internacional que tiraram apoio aos regimes pró-EUA na América Latina, dentro do jogo da Guerra Fria.  A partir de um determinado ponto, os donos do poder não quiseram mais os militares, eles não eram mais uteis.  Abriu-se então espaço para o clamor da oposição, por uma disputa por quem sucederia os militares no comando do sistema. 

A sociedade foi então chamada a colaborar na pressão contra o regime, em favor da democratização.  Tudo seria melhor e a esculhambação teria fim.  Os militares, cada vez com menos espaço de mídia, diziam que eles é que seguravam os abusos, de empresários e politicos.

A transferência de comando do país não pode ser evitada, mas, ela de cara demonstrou ser uma farsa.  Em vez de verdadeiras lideranças populares ou nacionais, seja de que linha fossem, o país foi entregue a políticos sem tal expressão, chefes de currais de estados de pífia ou nenhuma expressão, como o Maranhão e Alagoas, só isso demonstrava a farsa da vivencia democrática, a persistência de velhos esquemas tenebrosos de poder e a obstinação dos donos dele em não permitir a ascensão das esquerdas.

A esquerda, liderada pelo PT, anunciava aos quatro cantos que não tinha rabo preso, que representava a verdadeira fatia progressista do país, desenvolvimento com justiça social e saúde ambiental, e que defendia o verdadeiro nacionalismo e um sistema para todos e não para apenas a elite branca.   O PT soube reunir e usar diversos movimentos sociais, como o feminista, o ambientalista, o campesino, etc. 

As poucas vozes que ousaram contrariar essa impressão messiânica das esquerdas diziam que as esquerdas eram também corruptas e injustas, que provas disso estavam nas administrações dos sindicatos, organizações estudantis e ONGs sociais.  E, se não bastasse isso, seu modelo de administração e decisão (chamado “assembleismo”) não primava pela competência e rapidez, e que uma vez adotado no país levaria o mesmo a paralisia. 

Entretanto, o ambiente político, interno e internacional, mudou e permitiu a ascensão da esquerda representada pelo PT, que conquistou o governo maximo do país, emocionando muita gente, que achou que as mudanças agora realmente viriam.

Quando Lula assumiu o poder com o PT, o primeiro ano de governo serviu como um tremendo balde de água fria, um grande golpe nas esperanças, a ponto de Lula ser acusado de ter praticado estelionato eleitoral, sensação que cresceu ao longo do tempo, por conta das sucessivas denuncias de abuso de poder, corrupção, incompetência, entreguismo, empreguismo, etc.  No auge dos escândalos, Lula demonstrou ser tudo aquilo que as vozes contrárias às esquerdas vinham dizendo há anos: as esquerdas não eram diferentes daqueles que ela acusava.   

Não se pode, contudo, radicalizar.  Pode-se mesmo dizer que Lula fez o possível e que a história um dia contará a verdade, do mesmo modo fará com FHC.  É fato que tanto os adeptos do esquerdismo quanto os defensores da visão de direita acusam Lula e o PT, o estelionato eleitoral parece ter golpeado ambos os pólos ideológicos.

E foi justamente neste regime que a PF atuou bastante, com ou sem ordem do PT.  Nunca se ouviu falar tanto de operações contra corruptos, sonegadores, etc.  Infelizmente, a Justiça não tem atuado a contento, honrando o empenho policial.  Alegam os magistrados e promotores que as leis são ruins e as forças políticas cruéis – leis e forças que são produtos da classe política, dos políticos eleitos pela sociedade.  E aqui começamos a mergulhar na lama.

O que a sociedade brasileira ainda não viu é que tudo isso só se sustenta com seu apoio, com a vivencia da cultura da esperteza, da impunidade, da corrupção, dos muitos abusos, e tudo isso começa em casa e se alastra pelos vários espaços da vida, e daí retornando para dentro de casa.  Todos os governos estão sustentados pelos grupos políticos locais e pelas grandes entidades empresariais. 

Não adianta culpar a herança portuguesa, pois os portugueses saíram do país em 1822!  Só um povo altamente incompetente e cínico pode ficar se escondendo atrás disso.  Não adianta ficar culpando o povão, porque não é o povão que comanda secretarias, ministérios, estatais, empresas e quartéis, que comanda são membros da elite, são pessoas bem instruídas, bem alimentadas, que moram bem, etc.  Não adianta culpar a mídia e as religiões, porque elas vivem do apoio e dos recursos humanos e financeiros que são da sociedade.

Sim, os sucessivos governos civis foram desanimadores, mas, e a nossa parte?

O que fizemos para sustentar os bons?  Quantas vezes abandonamos o justo simplesmente porque achamos que ele não terá chance alguma?  Quantas vezes debochamos do honesto?

A passividade dos brasileiros tem muitas causas: entre os mais pobres, são séculos de eficientes políticas de repressão contra qualquer tipo de organização popular, de auto-gestão, e de favorecimento da conduta servil.  Mas, entre os não pobres, seria apenas o cansaço diante de uma impunidade sempre vitoriosa?  Estaríamos apenas cansados de ter fé, de esperar pela correta conduta do outro?

Olhemos para nós e para os outros, para o nosso cotidiano, nossas rotinas.  Quanto dela revela se somos dignos de dó, ou de respeito?  Quanto do nosso dia-a-dia, do que fazemos e pensamos, nos coloca como merecedores de dias melhores?  E quanto de nossa conduta nos serviria de acusação?  De hipócritas, de cínicos, de cúmplices?  Se tivéssemos o poder destes senhores que acusamos, faríamos melhor?  Seríamos mais decentes?
Eu penso que muito da passividade está em duas causas: Primeira, o desencanto com as forças que deveriam fazer algo, porque têm o poder para isso, mas não fazem, o espetáculo da impunidade e da derrota do justo nos cansou, o sacrifício de tentar mudar isso é muito grande, nos impediria de viver a vida como temos vivido – e, apesar de reclamarmos tanto, ela ainda é boa, pelo menos podemos comprar ilusões de felicidade que nos sossegam o espirito...  Segunda e a meu ver bastante comum, é a cumplicidade de cada um como colaborador ativo deste sistema infame – não reagimos porque, no íntimo, não temos coragem de ir tão longe em nossa hipocrisia, de acusar e combater aqueles iguais a nós, mas que estão lá em cima.  No fundo, nos vemos naquela figura odiada, não estamos cansados de nada, apenas não temos coragem de mudar a nós mesmos e daí o restante.