Quem sou eu

Minha foto
Atrás sempre de um ponto de equilibrio e do desenvolvimente responsavel

22.6.10

As Teorias de Conspiração da Internet

A Internet é um invento fantástico, ampliou tremendamente a comunicação de dados e informações, sendo este o seu principal serviço.  Configura-se hoje no unico meio eletronico livre, acessivel a todos.

Como não poderia deixar de ser, num ambiente assim, polulam as mais diversas informações, do audiovisual pornografico aos blogs politicos, das receitas de bolo as trocas de mp3.  Dentre os usuários estão aqueles que usam da Internet como veiculo de disseminação das chamadas "Teorias de Conspiração".  Neste papel destacam-se religiosos, ambientalistas e aqueles preocupados com questões politicas de grosso calibre.

Dentre o material que anda sendo divulgado temos:

1. As denuncias contra a mobilização contra a pandemia de gripe H1N1 - pelas quais se prega a não vacinação, alegando-se, como no caso da rubeola, que a vacina é mortal, paralisante, esterilizante,etc.

2. A pressão em favor de medidas contra o dito aquecimento global - alegando-se que elas servem a interesse de nações que querem impor um conjunto de novas tecnologias e outras soluções, caras, sendo que as atuais nada afetam o clima.

3. A catastrofe de 2012 - o tal Calendario Maia, que revelaria um apocalipse devastador, por causas astronômicas, para 2012.

4. HAARP - o ultra-secreto instrumento criado pelos EUA, capaz de criar terremotos, tendo sido o responsavel pelo terremoto na China e no Haiti.

5. As ONGs estrangeiras que querem travar o Brasil - usando de argumentos ambientalistas para impedir a ocupação e uso da Amazonia pelos brasileiros e do restante do territorio nacional.

Bom, essas são apenas algumas.  O que temos a dizer sobre isso?

1. acho que mais perigoso que vacinar-se contra a H1N1 é não vacinar-se, esse sim me parece o genocidio consentido em favor da falsa autoproteção contra um suposto genocidio planejado por grandes grupos.  Se os 90 milhões de brasileiros vacinados contra a gripe, a gripe sazonal e a rubeola dessem ouvidos a tais denuncias (nem todas descartaveis), teriamos mais gente morrendo.

2. o aquecimento global é uma tese, dentre varios argumentos de contestação está o fato de que a ciencia não tem 50 anos que está mergulhando neste tema, mesmo que as analises envolvam registros em gelo com 600 mil anos - a tecnica de avaliação desse material está correta?  Há argumentos espinhosos contra interesses industriais que deveriam ser levados em conta.

3. o Calendario Maia revela que o império Maia seria abalado por uma grande inundação.  O Calendario Maia não foi capaz de prever seu exterminio pelos espanhois logo depois...

4. ´HAARP - sabendo a China que o terremoto que matou seus cidadãos foi provocado pelos EUA, voces acham que ficaria por isso mesmo?  Como um sistema desses, que demanda enorme quantidade de energia, poderia funcionar sem provocar um blecaute nos EUA?

5. a atuação de organizações civis ou particulares em favor de ideologias é bem conhecida, sabemos o quanto ONGs poderosas são custeadas por pessoas poderosas, que acabam influindo nos rumos destas ONGs - se fizer X, terá o dinheiro, ou o dinheiro é para X.  A questão das ONGs no Brasil pode levantar questões sérias, mas, mais serias parecem as condutas daqueles que decidem os rumos do País, de tal modo que as ONGs acabam fazendo o papel de forças de vanguarda no meio de um bando de boçais que beijam a bandeira do Brasil, para limparem o rabo com ela depois.  É triste ver ONGs estrangeiras defendendo situações que deveriam ser nossa obrigação assumir.  O caso das ONGs ambientalistas no Brasil lembra o episodio da Abolição e das pressões britanicas, favor consultar e comparar. 

17.6.10

Obrigado Imprensa

O jornal O Globo de 13/06, domingo, em seu caderno especial do bairro da Barra da Tijuca, exibiu materia sobre a vida na Ilha da Gigoia, tratada como um pequeno paraiso ilhéu encravado no cada vez mais populoso e agitado bairro beira-mar carioca.  Ali tem restaurantes, mercado, ong ambientalista, pousada, etc.  Todos falam da beleza do lugar, da tranquilidade, da preservação ambiental.  Que lindo.

Acontece que a ocupação na Ilha da Gigóia e nas outras a seu redor são ilegais.  Acontece que todas as ocupações ali contribuem com esgoto in natura para a poluição da laguna.

As ilhas nasceram de obras de dragagem daquele trecho da Laguna da Tijuca, que formaram bancos de areia pequenos, nos anos 1960-70, que foram inicialmente ocupados por pescadores e depois por pessoas com autorização da Marinha ou da Superintendencia de Patrimonio da União - porque são ilhas criadas em águas de laguna, logo, pertencentes e sob gerenciamento da União.

Os anos se passaram e sem qualquer tipo de fiscalização - é o que dá pra entender - as ocupações foram sendo ampliadas, mediante aterros e corte de manguezal.  O unico lugar que preservou alguma coisa proxima do antigo cenário original foi a ilha ocupada pelo Clube Marina.  O que surgiu em Gigóia foi uma favela classe media, acessada por barco.  Essa favela classe media disseminou mau exemplo para o Itanhangá, já no continente e a beira da laguna, cujas margens estão tomadas por favela de rico (loteamento e condominio irregular) e de pobre.

Por Lei 37 de 1977, a Prefeitura do Rio destinou as ilhas das lagoas da Baixada de Jacarepaguá a atividades de lazer, não de moradia e nem de comercio, cabendo a Prefeitura conceder ou não as autorizações para tais usos recreativos.  Em 1978, a Lei 68 institiuiu a area de preservação ecologica na Ilha da Coroa.  Por outro lado, sempre coube, como dissemos, a União, disciplinar o uso e ocupação daquelas frações de terra.  O que temos hoje?

O mais curioso é saber que, no meio daquela ocupação que viola leis, leis ambientais inclusive, existe uma ONG que se diz preocupada com o meio ambiente na região.

A situação nas ilhas e a conduta da imprensa não difere de tantos outros casos em que a imprensa, longe de atuar como sustentadora da Lei, mesmo que de leis burras, atua como legitimadora dos que violam as leis, tratados em materias jornalisticas como empreendedores de visão, socialmente responsaveis, ambientalmente corretos, politicamente justos, bla bla blá.

O que fica como exemplo é isso: violar a Lei no Brasil é vantajoso, bobo é quem a respeita, pois perde oportunidades valiosas.  O abusado não apenas se beneficia de seu abuso e da impunidade, mas ainda é enaltecido pela imprensa.  Violemos as leis e tenhamos o nosso minuto de fama e de elogio civico.

10.6.10

Trocando de Dono

O Brasil, apesar de ter a maior area de floresta plantada no mundo, para produção de celulose, permanece como comprador de papéis de outros países.  A China está se transformando na maior compradora de celulose e o Brasil se orgulha em exportar para a China, para depois comprar papéis chineses e até mesmo livros produzidos lá a partir de projetos brasileiros.  O Brasil, com isso, exporta empregos, renda e oportunidades de evolução tecnologica, para os chineses, que devem estar agradecidos.

Continuamos na lógica colonial do arrancar daqui a qualquer custo (ambiental e social) o pau-brasil em tora e o açúcar bruto, para vender a outro país e depois comprar a roupa tingida de vermelho e o açúcar branquinho.

País de merda.

7.6.10

O Golpe do Aquecimento Global

Dentro das principais universidades publicas brasileiras existem grupos de professores que usam e abusam de sua condição para ganhar dinheiro vendendo serviços e produtos, atuando como representantes disfarçados de empresas, a maioria delas estrangeira, serviços e produtos relacionados a tecnologia.

O Banco Mundial já está mais que conhecido como instituição que, em nome de boas causas, oferece dinheiro condicionado a países, com condições que representam interferencias serias nas suas politicas soberanas.  Para alguns, o Banco Mundial é um braço disfarçado de especuladores "caridosos" que usam de um "banco bonzinho" para impor seus interesses nada bonzinhos.

A Grã-Bretanha vem sendo acusada há tempos de usar de vários artificios sutis para defender seus interesses, artificios como a credibilidade de suas instituições cientificas.  Os britânicos e suas empresas são conhecidos desde o século XIX, lembrando da enorme influencia que exerceu aquele país no nosso governo durante do império (depois vieram os EUA).  Causas nobres usadas para legitimar planos nada nobres.

O Jornal do Brasil há dias vem se dedicando a dar espaço para um grupo de professores de uma importante universidade brasileira, no Rio de Janeiro, calejados em prestar consultorias a governos e a empresas, e que mais do que nunca andam atentos as oportunidades criadas pelo alarmismo do aquecimento global, sendo que no Brasil, como em outros países, esse alarmismo é financiado pela representação do governo britânico.

A COPPE, instituição de professores ligadas a UFRJ, elaborou um estudo de 600 paginas, pelo qual pretendeu-se definir que trechos da costa serão arruinados e quais escaparão - não se enganem, um estudo assim tem tudo para ser superficial.  O estudo foi patrocinado pela embaixada britanica e dado ao Banco Mundial, que já estimou o custo de 3 bilhoes de dolares para medidas preventivas.

Ou seja, está claro como água de nascente: os britânicos, por meio de sua embaixada, querem vender tecnologia, contando para isso com aval da COPPE, financiada neste momento com grana britânica; a verba para a compra e aplicação dessa tecnologia britânica estará disponivel pelo Banco Mundial, que, obviamente, fará exigencias que podemos imaginar: comprar produtos e serviços de empresas britânicas e de suas parceiras europeias...

Veja que não estou discutindo se o aquecimento global procede ou não, se é alarmismo tolo ou mal intencionado, ou verdadeira catastrofe iminente.

O Jornal do Brasil, que já produz uma revista dita ecologica, feita em Minas, revista "chapa branca" que tece elogios a governos (como o de Minas) e a empresas (patrocinadoras da revista), agora se dedica em suas paginas diarias a defender a causa aquecimentista, muito por iniciativa de um blogueiro (na verdade, blogueiro oficial é colunista), que se viu entusiasmado com a ideia de salvar o Brasil das ondas.

O aquecimentismo já tomou conta da Prefeitura do Rio há anos, outras instituições publicas estão no mesmo barco, e o espaço para a voz discordante?  Não há.  A voz discordante alega não haver estudos suficientes para dizer-se sim ou não, na verdade, a grana está sendo dada a quem estiver disposto a dizer sim para a tese, vide o financiamento dado pelo governo britânico.  Nós, brasileiros, em nossa classica negligencia para com a ciencia e a verdade, deixamos que um lado pese mais - instituições publicas não são para defender essa ou aquela tese, mas para trabalhar sobre a verdade - a falta de recursos e de vergonha na cara para quem os destina nos mantem na condição de seguir a verdade que os outros querem nos dizer.

O proprio estudo da COPPE diz que as previsões feitas para o prazo de 30 anos precisam ser periodicamente revistas - de 10 em 10 anos diz ela - por conta da precariedade de dados sobre o tema.  Ou seja: o carro na frente dos bois, porque assim é mais lucrativo.

Os danos na costa (invasões por mar, erosão de praias, etc) e os episodios de enchentes precisam ser avaliados na sua realidade: eventos pontuais, com causas mais palpáveis a investigar, porem, como tais causas certamente estão ligadas a especulação imobiliaria, obras publicas de politicos ignorantes, patrociandores de jornais, etc, joga-se a culpa no aquecimento global, gasta-se os tubos, deixa-se os culpados impunes e, se amanhã descobrir-se que não era o aquecimento, terá se passado tempo suficiente para não haver responsaveis.

É ou não é um bom negócio?