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Atrás sempre de um ponto de equilibrio e do desenvolvimente responsavel

29.4.11

Hipocritas reclamões

Outro dia ouvia uma popular radio AM, do Rio de Janeiro, quando o apresentador perguntou porque o Rio era tão barulhento como cidade, perguntou a seus convidados, eles todos politicos cariocas, sabidamente "quebradores de multas" e "corretores de leis".  Hipocritamente responderam que faltava educação ao povo!

Politicos falando que falta educação ao povo, logo eles falando isso, quando são responsaveis por votar orçamentos, por fiscalizar o Executivo (se o leitor não sabe o que é isso, explico: o governo) e por fazer leis, aprovar planos, etc.  Os politicos são os maiores responsáveis pela nulidade das leis ambientais e de tantas outras, guiados apenas pela choradeira de cidadãos irresponsaveis que não sabem viver as leis e não querem participar da elaboração delas.  Deixam as leis ruins sairem, para depois descobri-las, deixam as leis boas sairem, para depois tentarem anula-las.

Noutra oportunidade, conversava com um sujeito sobre o Brasil, o cara reclamava disso e daquilo, enquanto tentava fazer uma ligação ao celular estando no volante e que estava roubando a empresa dividida com outros socios.

Ninguem quer dar exemplo, ninguem quer pensar em ninguem, acha que um dia não estará no lugar do outro, que só vai se dar bem sempre.

26.4.11

O que deveria existir

em um codigo florestal:

1. Sem essa de florestal, porque não é apenas a floresta a ter importancia ambiental.  Tem que ser um codigo de flora e de flora terrestre.  Teimar na proteçao apenas das florestas é produto de uma falha de julgamento dos ambientalistas;

2. Se é de interesse publico preservar determinado tanto de area das propriedades, que isso seja tanto para as rurais quanto para as urbanas;

3. Se é de interesse publico preservar determinado tanto de areas das propriedades, que essa preservação redunde em desapropriação ou em subsidio ao dono do imovel, seja ele quem for.  A segurança publica, a saude publica, a educação publica, a conservação das vias, tudo isso é financiado com dinheiro publico;

4. A reserva legal deveria ser abolida, para todos, em troca, o governo teria de ampliar o % de areas preservadas no país;

5. As areas de importancia para a segurança ambiental e interligação de fragmentos deveriam ser obrigatoria para todos, urbanos e rurais, com o governo assegurando de algum modo a conservação delas em parceria com os donos;

6. Os cultivos florestais deveriam ser isentados de estudos de impacto ambiental, a pecuária e a agricultura não fazem isso, porque o plantio de florestas tem que cumprir isso?

Codigo Florestal em ponto decisivo

Semana que vem o novo Codigo Florestal será votado, na verdade, o relatório do deputado Aldo Rebelo.

Ambientalistas e ruralistas estão em pé de guerra, SBPC e outros cientistas tentam dar a sua contribuição, disputando espaço num debate cheio de celebridades; os deputados tentam fazer valer um consenso e a população segue sua vida, a impressão que dá é que não importa o que irá sair dessa votação, ninguem obedecerá.

A avaliação superficial que faço da questão é que a ciencia continua mantida bem longe, o bom senso tecnico e a honestidade politica também.  Ora, se a preservação de areas e de remanescentes são de interesse publico, se os biomas são patrimonio nacional, porque os custos dessa preservação pesam sobre o meio rural enquanto a cidade continua destruindo o que tem?  Se é de interesse publico, por que quem preserva não é remunerado ou beneficiado com isenções?

A briga entre ruralistas e ambientalistas é uma coisa péssima, as ironias de ambas as partes envenenam a sociedade, o tema é importante demais para ficar nas mãos desta gente e mais ainda de artistas, jornalistas, etc. 

Vou dar um exemplo: a definição de faixa marginal de proteção, das larguras, deveria seguir critérios tecnicos, caso a caso, e não apenas o achismo dos 15 ou dos 30 metros minimos.

8.4.11

Aquecimento Global - um grande negocio

Pense nisso:

Variações no clima da Terra já são previsiveis, com base em estudos paleoclimáticos.  Estaríamos entrando numa natural e ciclica era de aquecimento, coisa impossivel de ser impedida, pelas forças da natureza envolvidas no processo, como as variações orbitais e ciclos solares.

Pense então que, alguem muito astuto resolveu tirar proveito politico e econômico disto, usando do poder já existente em suas mãos, para divulgar ao mundo que esse aquecimento é algo inusitado e provocado pelo Homem.

Quem tem a informação e quem se antecipa aos fatos detem um poder crescente, será dono dos fatos.

Usando e abusando dos temores de uma revolta da natureza contra o Homem, temores estes muitas das vezes fundamentados na verdade, esses individuos espertos introduziram esse novo elemento, o aquecimento causado pelo Homem para impor uma mudança tecnologica favorável a seus projetos de poder.

Daqui 100, 200 anos, o aquecimento continuará e nenhuma medida tomada pelo Homem terá surtido efeito, então, os novos milionários e seus herdeiros darão de ombros, dirão que "faz parte" da incerteza do Universo, estarão trilionários e poderosíssimos, uma nova geração de senhores do mundo.

Outra alternativa: o aquecimento continuará e a ineficácia das medidas tomadas, naturalmente inuteis contra um processo natural não revelado, levará os donos do poder que medidas mais duras precisarão ser tomadas... Tirania salvadora.

O consumo dos fósseis só faz crescer...

Vamos pensar nisto?

Superando o Massacre

Ontem, ao longo do trajeto de casa, tentava entender o massacre ocorrido em Realengo e que tipo de consolo seria possível aos que saíram vivos daquilo, aos pais, amigos, etc. Um evento aterrador, porque escapa a qualquer meio de previsão, de qualquer prevenção. É a parte terrível da vida: a imprevisibilidade do Mal. Não se trata de uma agressão anunciada por um bandido, por um país inimigo, não se trata de uma força impessoal, como um terremoto, uma enchente. Trata-se de uma outra pessoa, um jovem, conhecido por alguns, reconhecidamente estranho no comportamento (e daí alvo de chacotas), mas uma pessoa que foi capaz de realizar esse mal.


E o que fazer agora? Neste momento me veio uma única certeza: de que só os fortes podem sobreviver a isso e continuar sua vida.

Precisamos ser fortes para suportar tamanha dor, porque o monstro, mesmo morto, pode continuar matando – mentalmente - as pessoas.

Nossa espécie tem peculiaridades, uma delas é a de não se conformar com os fatos, essa nossa insatisfação natural e crônica com a vida. Entretanto, neste momento, precisamos nos conformar, fazer como todas as demais espécies, pois nada mais podemos fazer para evitar o que já foi feito.

Conformar-se na certeza de que aconteceu foge completamente de nossa razão, de nossa capacidade de prevenir problemas. Fizemos o possível ao longo da vida para manter os pequenos sãos, na escola, etc. Mas não podemos fazer o impossível.

Conformar-se de que do pó viemos e para o pó retornaremos, não importando de que forma retornaremos. Vamos ser fortes, guardar as boas lembranças, deixemos ir os que já estão no outro caminho, precisamos deixa-los ir, porque é bom.

Sim, se pudesse não daria um enterro comum ao malfeitor - me reservo o direito de não dizer o que faria com ele.

A todos peço que lutemos para superar esse drama, não adianta sequer culpar as autoridades, pois o monstro foi muito hábil no seu intento.  Talvez seja uma asneira dizer que não há culpados disto.

Vamos superar, porque precisamos seguir na vida, enfrentando os seus desafios, enfrentando as coisas previsíveis, e as imprevisiveis também, honrando os que se foram, revendo nossos conceitos e na forma como tratamos os demais. Precisamos continuar vivendo.