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16.3.06

exército

Mordemos a lingua, o exército parece ter recuperado as armas roubadas. Parece, pois, acho muito estranho esse desfecho.

De qualquer modo, o exército foi atrás do seu prejuízo, não contestamos, o que contestamos foi a forma usada: 1600 homens, blindados, 11 dias, pressão sobre favelas, cheias de pessoas dignas, obrigando mesmo as escolas locais ao fechamento. A descoberta das armas na Rocinha é um testemunho do poder do serviço de inteligência, poderia o exército ter usado tal serviço sem espalhar o terror na população das favelas. Infelizmente, coronéis e generais não vivem em favelas, mas no asfalto, onde as pessoas aplaudiram - chumbo no favelado, afago no do asfalto.

Parabéns ao exército por reaver as armas, se são elas mesmas e não um embuste para calar os críticos e a imprensa que, nas edições do dia anterior, havia estampado manchetes tratando do fracasso, alguns jornais foram até afrontosos...

Mais uma vez: saldo - um jovem morto, meia dúzia de favelados (inclusive um bebê de meses) feridos, dias de aula perdidos por centenas de crianças, centenas de pais angustiados, danos em alguns imóveis por conta de tiros, para reaver 11 armas velhas, descobertas não por meio de terror, mas de uma denuncia, que até agora ninguém sabe se foi por telefone ou pessoalmente.

Se foi denuncia e não uma negociação...

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