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Atrás sempre de um ponto de equilibrio e do desenvolvimente responsavel

9.4.07

A coisa esquenta no país rabudo

Aldo Rebelo, um comunista, para ser ministro da defesa? Depois dos eventos do apagão aéreo, que ainda não terminou?

A frigideira esquenta e atiça as duas forças que disputam o poder: os que querem continuar nele e os que querem resgatá-lo, de um lado o PT, com seus aliados mercenários e traiçoeiros, de outro o PSDB e o PFL, agora DEM, no meio o PMDB e a turma de Edir Macedo, Garotinho, Enéias, etc. Todos atuam nos bastidores por meio de intelectuais, jornalistas, estudantes, associações civis e militares...

O agravamento da crise nacional, que não se deve apenas a Lula, leva determinados grupos e pessoas a defenderem o tempo do regime militar, ignorando, por má fé ou por estupidez, aquela era marcada também por corrupção e golpes na soberania: filhos de milicos nunca eram presos, contrabando e descaminho eram promovidos por militares, a EMBRAFILME bancava pornografia, militares doaram terras na Amazônia para multinacionais parceiras, obras superfaturadas milionárias foram abandonadas (Ferrovia do Aço, p.ex.) ou tocadas na marra ao arrepio da Lei, do meio ambiente e dos mais fracos - o MAB, germe do MST, surgiu com a truculenta construção de Itaipu. Obviamente, os que defendem a volta do regime militar não mencionam isso...

Por outro lado, será que um novo golpe militar destronaria a GLOBO e poria a TV brasileira no eixo? Ou poria fim na ciranda financeira atual? Ou realmente mataria na raíz as causas da violência e da desordem? Ora, quem seriam os aliados de um golpe militar?

Fato é que as grandes questões nacionais, aquelas que impedem do Brasil viver por si e ser uma nação inteira e não dividida, ainda estão por ser tratadas honestamente.

Infelizmente, como foi nos anos 60 do século XX, as questões nacionais viram instrumentos da disputa politica entre duas forças, a esquerdista e a direitista, os que querem o poder e os que querem se manter no poder. Isso é visivel hoje no governo comandado pela esquerda petista.

Saude, previdência, educação, segurança, meio ambiente... tudo isso é apropriado pelos dois lados para defenderem seus interesses, como se a cura dos males dependesse da cor ideológica. Os velhos donos do mundo não reformaram nada e mantiveram o Brasil como uma colônia, rabo do mundo, os novos donos metem os pés pelas mãos na busca por reformas.

Entra governo e sai governo é a mesma merda!

Mas, não poderia dar noutra coisa. O povão foge das brigas, das demandas, a história lhe ensinou que escravo não se mete em briga de senhores, no máximo o que pode fazer é se aproveitar disso para roubar um pão ou um toucinho na despensa... a discussão e a disputa em torno das grandes questões nacionais não são para o povo, o país não é do povo. Ao povo é dado o BBB, o fuxico artistico e outras velhas paixões: o futebol, o misticismo, a putaria, a droga lícita ou ilicita... ao povo - de qualquer país - cabe curtir a vida no que é possivel e chorar miséria para obter caridades, porque a qualquer momento o senhor das suas vidas pode convocá-lo, para ir no seu lugar.

Os donos do poder, por sua vez, estudam fora, vivem a fé de deuses estrangeiros, copiam seus projetos, vicios, modas, não se identificam com a terra natal, têm vergonha da realidade que eles mesmos formaram, por sua omissão, por sua corrupção e preguiça! Culpam os pobres, o povão, por ser o país assim tão ruim, atrasado, mas, quem são os donos dos empregos, das industrias, das lavouras, das leis e verbas, dos bancos, do poder para fazer? Quem poderia mexer nisso tudo e não o faz?

E, no meio, está a classe média, essa cobra traiçoeira, que faz de tudo para parecer dona do mundo e não é.

Somos um país rachado, porque não há projeto nacional que mobilize ambas as partes divididas, não há nacionalismo e patriotismo que extermine a injustiça nativa ou faça o graúdo amar sua terra e seu povo! E a culpa é sempre dos estrangeiros.

Um povo rabo, uma nação de escravos e exploradores.

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