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9.8.06

Carta aos Cariocas

Cariocas,

Estamos vivendo um tempo tenebroso e indigno no município, para não falarmos do estado, do Brasil e também no mundo.

Não preciso listar aqui os problemas, cada qual com sua gravidade.

Todos são decorrentes de nossos erros e omissões, precisamos ser honestos, justos, não há quem possa dizer-se inocente. Mas, há quem possa se dizer preocupado e interessado em mudanças, mudanças verdadeiras, urgentes e vitais.

E é para os que estão preocupados e interessados que dirijo essas palavras.

As eleições de 2006, para a gestão estadual, estão perdidas, não há mais como mudar o quadro e não há como acreditar que mudanças virão, não importa qual dos três candidatos vença: Cabral, Crivella e Denise.

Porém, mesmo que a nova gestão estadual fosse digna da missão, nós não poderíamos fugir da nossa, como cariocas e moradores do município – há uma missão e um papel que é só nosso, que temos de pegar com as unhas e dentes.

Para nós cariocas, temos as eleições de 2008, municipais, após o PAN, eleições para prefeito e vereadores, essa sim, decisiva.

Decisiva porque não temos mais o direito de errar, porque não teremos outra chance de mudar: a próxima gestão municipal terá a tarefa de começar as mudanças, eternamente adiadas ou distorcidas, ou simplesmente poderá dar continuidade ao desastre, consolidando-o, transformando o Rio de vez no paraíso do mal.

E como garantir que em 2008 um novo tempo surja?

Nos comprometendo com um projeto que declare guerra a esse estado de coisas tenebroso e indigno no qual vivemos. Um projeto sem cor ideológica, partidária, religiosa, classista ou bairrista. Um projeto dos cariocas, ricos e pobres, de todas as zonas e bairros. Um pacto pela ordem, pelo amor ao Rio e pela paz, mas paz com justiça e com liberdade responsável.

Muitos são os cariocas que têm formulado propostas viáveis, outros milhões se angustiam por uma chance de colaborar com o Bem - precisamos uni-los num movimento de cidadãos, vencendo a incredulidade e a indiferença geral, o medo, criando uma força social capaz de dobrar os ferros da politicagem, do crime e do oportunismo.

Só com um movimento formado por cidadãos conscientes e dispostos poderemos superar a enganação dos lobos vestidos de cordeiros, dos falsos profetas, só assim superaremos o poder paralelo dos bandidos do tráfico e dos malfeitores vestidos de lideranças comunitárias, só assim evitaremos o retorno de tiranias e o sucesso dos demagogos.

Não pensemos, porém, que tudo se resolverá rápido e facilmente, os desafios são enormes, a começar pelo esforço para vencer o medo e a descrença, reunir as pessoas e recursos, sem que se percam em debates sem fim, em promessas inviáveis.

E nos será exigida muita fé, não a fé religiosa nisto ou naquilo, mas a fé de quem vê, lá na frente, um novo Rio de Janeiro, segundo o projeto abraçado.

Como disse, 2008 poderá ser o começo da mudança, a próxima gestão terá 4 anos para mudar o curso do barco e executar as medidas mais urgentes e criar condições fundamentais para que a sociedade continue no novo curso.

Só com um movimento de pessoas comprometidas com um projeto, sem interesses mesquinhos, partidários, dispostas ao sacrifício, é que poderemos inverter o curso dos fatos e marcar o ano de 2008 e nossos nomes na história do Rio, de forma positiva e exemplar.

Salvador Correa de Sá e Benevides – cidadão carioca

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