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13.7.10

Ser ou Não Ser

O individuo chega pra mim e diz "nossa, uma vergonha, dá vontade de denunciar, mas não vou me meter nisto não, não vale a pena o aborrecimento" - pois é, e assim vamos e eu, quando percebo que alguem quer me contar um escandalo, uma denuncia, já mudo de conversa.

Hoje, não raro os queixosos contra as bandalhas do cotidiano clamam "cadê a sociedade civil organizada?"

Não tem, e quando tem está comprometida com politica partidária.

O que aconteceu?

Hoje temos no Brasil milhares de ONGs ambientalistas e sociais, as entidades que congregam a tal sociedade civil organizada.  As ONGs são clubes, sindicatos, partidos politicos, entidades ambientalistas, associações profissionais, etc.  Nasceram pelo interesse de alguns em organizar forças em prol de um objetivo que se supõe publico, ou de muitos, da sociedade, difusos, etc.

Defensores de matas, observadores de pássaros, amigos do bairro, clube de engenheiros, partidos do p do b, associação das lavadeiras do rio...

Depois veio a onda de profissionalização, de aparelhamento para uma luta mais pesada, eficiente, principalmente no caso das ONGs ambientalistas e sociais.

Hoje, problemas como os danos e abusos da especulação imobiliária, ou a falta de dados sobre possiveis danos a saude por antenas de celular, a morte de baías por grandes poluidores, a corrupção no poder publico, carecem de ONGs.

Por outro, sobram ONGs querendo parcerias milionárias com grandes empresas e governantes, poluidores, corruptos, mal administradores, etc.  ONGs que se prestam a faxineiros ou pintores de uma imagem bonita para entidades sujas, fazendo marketing ecologico para quem está devendo.

Seus diretores e equipes com salario de mercado, viagens pagas, almoços gratis, presentes de fim de ano, medalhas e diplomas... Enquanto os poucos guerreiros do interesse social gastam do seu para irem brigar com essas mesmas empresas e seus belos relatorios anuais de prestação de contas socioambientais.

E o que dizer das ONGs guerreiras?

Fora aquelas acusadas de favorecerem interesses internacionais, temos as ligadas a grupos politicos, de esquerda na maior parte.  Logo, suas ações também são suspeitas.

E todos se preocupam com grandes questões, grandes temas, porque é daí que vêm as grandes somas e ajudas.  Brigar contra um projeto abusivo de uma construtora não interessa, denunciar as profundidades oficiais de um esquema destrutivo nem pensar.

Refloresta-se 50 ha no interior de Minas e 10 ha na cidade do Rio de Janeiro vão pro espaço; investe-se nas tartarugas marinhas mas não se cuida para que vazamentos não ocorram.  Defende-se os 80% de reserva legal na Amazonia, mas a urbe padece de poluição do ar e sonora.

Ser ou não ser?  Pra Deus ou pro diabo?  Agua ou óleo?

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