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13.7.10

Sexualidade Confusa

Há hoje uma onda pela midia de exibição e defesa da homossexualidade feminina, como sempre liderada por personalidades estrangeiras, em sua incansavel busca por autopromoção.  Agora um video postado no Youtube de uma cantora está causado alvoroço.  O video exibe o desejo do sexo lésbico, definido como amor legitimo, com destaque para cena de sexo lesbico em banheiro feminino, varias mulheres transando entre si.  Tudo normal, é o que diz o video, anormais são os que condenam.

Além do lesbianismo, temos a expansão da presença homo masculina, se assim podemos dizer.  Aqueles que até então diziam que casamento e ainda mais em igreja era coisa atrasada, hipocrita, neandertal, lutam para ter o seu direito de se casarem, inclusive na igreja, de véu e grinalda se possivel.

Por enquanto, pedofilia dá cadeia e mais ainda armas contra a Igreja Católica, revelada um celeiro de pedófilos.  Mas, até quado a pedofilia dará cadeia?  Talvez até a desmoralização completa do clero?  Mas e os terreiros?

Numa pressão tocada pela midia, como se sabe comandada em boa parte por gente de gostos e vicios estranhos ou deploráveis, a sociedade vai sendo posta na parede para aceitar como normal esses gostos e vicios e mais: para que adote-os e os exercite, como meio de obter a felicidade e a realização pessoal.

No outro extremo temos a heterossexualidade abusada, promiscua, truculenta.  Não estamos falando do Bruno do Flamengo, mas de uma multidão de pessoas que mistura heterossexualidade com barbarismo, com intolerancia, violencia, grosserias, com o culto a ignorancia.  É o heterossexualismo de "macho", que de um modo geral descamba também pra safadeza.

O prazer sexual foi o ardil criado pela natureza - ou por Deus se vc quiser - para que dois seres tão diferentes, como macho e femea, se unam num ato que aparentemente não tem resultado algum, ou importancia maior que a satisfação desse prazer desejado.  Por bem ou por mal, macho e femea se unem num ato reprodutivo.  A reprodução, perpetuação, é uma necessidade da especie, como comer e dormir são do individuo - em favor da perpetuação, o sexo acaba sendo tambem uma necessidade individual que, satisfeita, deve resultar em beneficio ao grupo ou, pelo menos, não vire uma fonte de prejuizos.

Coube a nós, em favor da convivencia em sociedade, de não vermos o sofrimento do outro, ou o nosso, de estabelecer regras de modo a impedir essa união por mal, forçada, sem consentimento de um dos lados.  Cabe a nós também garantir que esse ato de prazer e de perpetuação da especie não se transforme num mal, num meio de difusão de doenças ou de facilitação de outras vulnerabilidades perigosas a cada um, a sua familia, a comunidade e a espécie.  Assim, por meio dessas regras tentamos conter os impulsos que levam ao estupro, ao abuso de menores, a traição, a gravidez sem respaldo, ao abandono de incapazes, a difusão de doenças, etc.

O ajuntamento de individuos com isso vira sociedade ou, pelo menos, impede que nos matemos e nos exterminemos.

A construção da sociedade vai formando também ambientes de conforto, segurança, estabilidade, favorecendo liberdades antes impossiveis, dados os riscos disso num ambiente de permanente tensão por sobrevivencia.  Essas liberdades precisam, contudo, ser exercidas com responsabilidade, pois, sendo o Homem o que é, tendem os demais a seguirem exemplos daqueles considerados lideres, tendem a priorizar os desejos egoistas, individuais, em detrimento das necessidades do grupo, ou mesmo das fraquezas de uns.  Desse modo, liberdades individuais exercidas sem cuidado podem resultar em danos individuais ou em sucessos de momento, mas convincentes o suficiente para que tais condutas sejam imitadas, com prejuizos mais graves a frente para todos.

Mais confortos, mais seguranças, mais soluções, a natureza vai sendo impedida de agir contra as nossas irresponsabilidades, que vaõ crescendo por conta da garantia dessa impunidade.  O resultado é a construção de um ambiente de impunidade comportamental plena, podemos fazer o que quisermos, viva a liberdade total individual.  Será isso viavel?  Os que usam dos mesmos meios racionais (ou religiosos) para combater os abusos são postos na geladeira, são marginalizados como "caretas e repressores" - o poder da irresponsabilidade cresce com a impunidade, a certeza do sucesso do seu desejo sem freios amplia o numero de pessoas envolvidas, desejosas de também usufruirem desse direito - todos temos direitos, e nada de deveres.  Isso é a felicidade, declaram os que deveriam usar da razão com mais cuidado.

O que vivemos hoje, de defesa agressiva da permissividade, em nome dos direitos individuais, tem o seu preço e ele já foi cobrado uma vez com a AIDS, para não falar de outros episodios passados, mantidos fora do noticiario - nada que possa fazer vc pisar no freio deve ser lembrado ou posto em evidencia, porque isso cortará a marcha do lucro e do controle politico.  A permissividade tem sim o seu componente politico, a promiscuidade sexual é como a cachaça entre os pobres do meio rural dominado por coronéis.

Cabe a quem está vendo o mal disso tudo se unir porque em breve nem a pedofilia escapará, tratada como mais um exemplo de "amor legitimo" ou de "sexualidade resolvida".  Sim, cada um tem o direito de exercer sua liberdade pessoal, desde que ela não comprometa as conquistas tão duramente obtidas em nossa evolução da besta fera para algo melhor, o que somos hoje.

Os defensores da permissividade não toleram a reprovação pelos demais, esse é um traço interessante.  Não suportam o sucesso de quem vive "certinho" ou menos ainda de quem diz "não gosto" ou "não quero" a essas permissões.  É uma intolerancia inversa.  Já vivemos um tempo em que pessoas, principalmente adolescentes e jovens solteiros, que se esquivem dos assédios sexuais, são desrespeitadas ou mesmo forçadas, fisicamente ou por chantagem psicologica, a se submeterem - isso é muito grave e lembra a passagem bíblica de Sodoma e Gomorra.  Hoje, a virgindade como opção consciente de autopreservação é tida como pecado dos tempos libertinos, como a liberdade sexual consciente foi um dia um pecado dos tempos da rigidez moral.

O resultado: uma parte das pessoas, sem ter opção, se bandeia para o lado dos que cultuam a  ignorancia e a hipocrisia, ou aceita viver neste ambiente confuso, individualista. 

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