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19.3.10

POLITICA EXTERNA LULISTA

O Brasil quer ser grande agente politico internacional, quer assento permanente (e não ocasional como agora) no Conselho de Segurança da desmoralizada ONU. Enganam-se aqueles que Lula vai agir sem levar em conta a necessidade de ser pragmático e de prestigiar a visão de esquerda, num sentido mais amplo do termo esquerda.

A postura de Lula sobre os ativistas cubanos é pragmática, como é pragmática a de Obama ao acariciar o tirano rei saudita, ou os carniceiros do Paquistão. A postura de Lula quanto ao Irã é semelhante a dos russos. Lula agora se mete no jogo pesado do Oriente Medio, afrontando os donos do negocio: europeus e os EUA. A nossa imprensa, como sempre servil, se assustou ao saber que Celso Amorim foi a Siria na surdina, que respondeu a pergunta ridicula "os EUA sabem disso?" dizendo que não tem que pedir licença a mamãe.

A politica externa atual do Brasil é uma coisa complexa: por uma hora parece que nos rendemos aos EUA aceitando a função de pau mandado no Haiti, por outra afrontamos os ianques defendendo mais respeito ao Irã, num dado momento agimos em Honduras em favor de Zelaya para sermos afrontados depois pelos EUA, noutro tratamos os ativistas cubanos como bandidos comuns. Chamamos a China de democracia e economia de mercado, enquanto arrastamos uma disputa para compra de caças muito suspeita. Anos atrás cancelamos dividas africanas conosco, assim do nada.

Enquanto isso, a direita incomodada ataca a politica externa, diz que não temos que nos meter aqui ou ali, que o Brasil está sendo jogado. A esquerda aplaude, porque, bem ou mal, o lulismo segue a trilha do esquerdismo global. É uma politica de esquerda, sim senhor.

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